E agora, José?

Publicado em:
13/9/2023

Falar que vivemos num mundo acelerado é chover no molhado, é reafirmar o óbvio, portanto, não vou dizer isso. Direi outra coisa: Vivemos num planeta que se remolda e se refaz muuuuito rápido. Nem saímos da quarentena e falar da quarentena já se tornou batido, clichê, se tornou muito over, sabe? Então...

Não falarei sobre o COVID-19 ou da quarentena em si, mas sim, do que provavelmente acontecerá logo em seguida. O dia depois de amanhã. O que será do mundo quando isso passar? Quais modelos de negócios emergirão?

Como dito no primeiro parágrafo, vivemos num planeta que se remodela rápido demais. Negócios que já existiam, mas ainda estavam engatinhando, foram acelerados em razão do isolamento social. Ideias que sairiam do papel daqui a 10 anos, se tornarão realidade daqui a alguns meses.

Olhemos para nossa própria rotina. Temos consumido os produtos digitais como nunca havíamos consumido antes. Reuniões de trabalho e até aulas (em todos os níveis de ensino) têm sido realizadas através de aplicativos de videoconferência como o Zoom ou o Skype, de mesmo modo, as ligações via Whatsapp ou Facetime têm se tornado cada vez mais comuns. A telecomunicação é a primeira segmentação a colher os frutos econômicos da crise.

Não se engane, há sempre alguém ganhando com a crise.

Funciona mais ou menos assim: Se a carne está cara demais, as pessoas compram linguiça. Assim, o dono da boutique de carnes registra prejuízos durante a crise, ao passo que, o vendedor de linguiça enriquece.

Apliquemos isto à realidade dos cinemas, por exemplo. É bem capaz que muitos deles quebrem em razão do isolamento social. Por outro lado, os aplicativos e sites de streaming como Netflix, Youtube, Globo Play, Amazon Prime, entre outros, registram recordes de audiência, dia após dia.

Independentemente do momento de crise, o consumo de bens e serviços não cessa. O que ocorre, na verdade, é o redirecionamento do consumo. Com o redirecionamento, surgem novas oportunidades de mercado. Tais oportunidades aceleram alguns negócios em detrimento de outros.

Este é o caso das Fintechs, que ganharam espaço no mercado uma vez que o acesso às agências bancárias está limitado. O PicPay, por exemplo, registrou a abertura de mais de 130 mil novas contas no último mês, conforme informa a revista Valor Econômico. Do mesmo modo, com os bares e restaurantes fechados, os aplicativos de delivery como iFood, Shipp e Rappi se tornaram os queridinhos dos lares brasileiros.

Seguindo a tendência da digitalização dos serviços, o Hospital Sírio-Libanês de São Paulo lançou uma ferramenta de atendimento remoto, sendo assim, tornou-se pioneiro na implantação da Telemedicina no Brasil. A ferramenta promete diminuir o contágio dos profissionais de saúde, quebrar as barreiras físicas entre o paciente e o hospital e, ainda, aumentar exponencialmente o acesso à saúde.

A moral da história é: Ou o seu negócio funciona online ou você não existe.

Todos os segmentos estão migrando de vez para as plataformas digitais e, o caminho parece não ter volta. Saúde, educação, lazer, finanças, alimentação, vestuário, você escolhe. Tudo agora é digital.

E você, leitor? O que você tem feito para se adaptar à esta revolução? Tem torcido para crise passar ou tem aproveitado a crise para se reinventar? Há um ditado popular que diz: “Na crise, enquanto uns choram, outros vendem lenço.”

Quem é você na crise?

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