Mas como sabemos se esse retorno imediato é positivo?
É nesse momento que utilizamos dos recursos de linguagem ao nosso alcance. Assim como somos capazes de desenvolver fórmulas para nos comunicar, também somos capazes de desdobrá-las. Fazemos leituras a partir das nossas interpretações, que podem – ou não – ter pregnância universal.
A partir dessa compreensão, a escolha de itens visuais que representem melhor determinada empresa ganhou cada vez mais força. Grafismos, imagens e cores tiveram sua importância difundida mundialmente como transcrição do tom de voz escolhido por aquela marca.
Dentro desse contexto, a escolha da tipografia – a “fonte” que você utiliza – emerge como um elemento frequentemente subestimado, porém notavelmente influente. A tipografia vai além das letras; é uma ferramenta capaz de transmitir mensagens, construir marcas e até mesmo afetar a maneira como as informações são percebidas. Por exemplo, a tipografia como elemento de identidade visual desempenha um papel primordial na solidificação de uma empresa. A seleção de uma fonte pode evocar sentimentos de sofisticação, confiabilidade, modernidade ou tradição. Neste artigo, caminharemos pelas categorias mais usuais, a fim de entender o impacto da escolha tipográfica na comunicação jurídico-empresarial.
As fontes Serifadas (Serif) possuem pequenos traços (as "serifas") no final das hastes das letras. Elas são frequentemente associadas a uma aparência mais formal e tradicional, sendo comuns em impressões de longa duração, como livros e documentos jurídicos.Seu uso, normalmente, está vinculado a ideia de algo confiável e respeitável.Alguns exemplos mais comuns são a Times New Roman e a Georgia.
Já as fontes Sans Serif são as que não possuem serifas. Elas tendem a ter um aspecto mais limpo e contemporâneo, sendo amplamente usadas em contextos digitais e em design de marcas que buscam transmitir modernidade. Nesse caso, a Calibri e a Arial são exemplos de duas das mais utilizadas.
Existem, também, outras categorias utilizadas majoritariamente em títulos, como as fontes Manuscritas (Script), que simulam a escrita à mão e podem transmitir humanização ou elegância; as fontes Display (Decorativas), que visam a excentricidade e o impacto; as fontes Condensadas ou Expandidas, que são, respectivamente, mais estreitas e mais largas; dentre outras.
A legibilidade e compreensão jurídica representa desafios intrínsecos à comunicação no direito, que envolve terminologia técnica e cláusulas minuciosas. A escolha da tipografia adequada desempenha um papel crucial na legibilidade e compreensão dos documentos legais, já que fontes excessivamente ornamentadas ou altamente estilizadas podem prejudicar a leitura, tornando os documentos legais inacessíveis para aqueles não familiarizados com o jargão jurídico. O ideal, nesses casos, é optar por uma fonte equilibrada, que seja legível tanto em formato impresso quanto digital.
Em conclusão, é fato que a coerência e consistência na escolha tipográfica são fundamentais para construir uma identidade de marca sólida. A mesma lógica se aplica à comunicação jurídica. Ao manter uma escolha tipográfica consistente em todos os materiais de comunicação, desde contratos até comunicados à imprensa, um escritório facilita a associação da tipografia a sua marca.
Lembre-se sempre que a escolha tipográfica vai além da decisão estética. Os valores psicológicos, apesar de invisíveis, moldam a percepção da marca, a legibilidade dos documentos e até mesmo as emoções dos possíveis clientes. Se utilizada de maneira errada, pode afastar clientes pela falta de consistência ou verossimilhança. Contudo, sendo utilizada de forma correta, a tipografia é capaz de fortalecer a identidade, melhorar a legibilidade e estabelecer estrategicamente a credibilidade da sua empresa.
“A comunicação é a alma do negócio”. Você com certeza já ouviu essa frase antes, certo? Existem variadas estratégias para garantir uma comunicação mais assertiva, como postura, linguagem corporal, tom de voz e escolha de palavras.Essas táticas já são difundidas como primordiais em um primeiro contato com um cliente, apresentando, na maioria das vezes, um retorno imediato de comportamento.